quinta-feira, dezembro 26, 2024
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Ásia passa Estados Unidos no desenvolvimento de criptomoedas

Recentemente, um relatório mostrou que a Ásia ultrapassou a América do Norte na formação de talentos para criptomoedas e blockchain. Em 2024, a participação de desenvolvedores asiáticos chegou a 32%, um aumento significativo em relação aos 13% de 2015. Assim, a Ásia se consolida como a principal fonte de talentos neste setor em expansão.

Ásia é a nova região do talento em criptomoedas

Mas, por outro lado, a América do Norte viu sua participação na força de trabalho de desenvolvedores diminuir quase pela metade. O percentual dos desenvolvedores de criptomoedas na região caiu de 44% em 2015 para 24% atualmente. 

Maria Shen, sócia da Electric Capital, publicou no X no dia 30 de outubro que “A Ásia é agora a #1 em desenvolvedores de criptomoedas. Os EUA estão perdendo participação de mercado. A cripto impacta todos os estados nos EUA – as criptomoedas deveriam ser apartidárias.”

Assim, a distribuição geográfica de desenvolvedores é um indicador fundamental para avaliar onde a inovação em blockchain tem mais potencial. O aumento da base de desenvolvedores em uma determinada região sugere um avanço rumo à adoção em massa da tecnologia blockchain. 

Isso ocorre porque mais desenvolvedores implicam em um maior número de aplicações baseadas em blockchain no mercado.

Mas, os EUA ainda lideram em número de desenvolvedores de blockchain, com 18,8% do total global, seguidos pela Índia (11,8%) e pelo Reino Unido (4,2%). No entanto, o país viu uma queda preocupante de 51% desde 2015, apesar do crescimento do setor.

O futuro daqueles que criam criptos

A Califórnia e Nova York lideram no desenvolvimento de blockchain nos EUA, com 22,3% e 13,7% dos desenvolvedores, respectivamente. Porém, 64% desses profissionais estão distribuídos em outros estados, revelando uma descentralização crescente.

Os dados analisados no relatório foram coletados a partir de mais de 200 milhões de commits de projetos relacionados a cripto no GitHub, abrangendo 350.000 repositórios. Assim, a localização geográfica dos desenvolvedores foi obtida a partir de mais de 110.000 carteiras com dados autodeclarados.

Ou seja, o interesse institucional em criptomoedas cresce, especialmente na Ásia. Na Coreia do Sul, o número de investidores aumentou 21% no primeiro semestre de 2024. 

Dessa forma, esse crescimento elevou os lucros das 21 principais exchanges centralizadas para US$ 4,2 bilhões, um salto de 106% em relação ao ano passado.

Em resumo, a Ásia se destaca como um polo de inovação em criptomoedas, enquanto os EUA enfrentam desafios urgentes. Mas vale a pena ressaltar que o equilíbrio entre as regiões pode moldar o futuro do mercado de criptomoedas e da tecnologia blockchain. 

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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