quinta-feira, dezembro 26, 2024
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Microsoft avança na computação quântica e pode revolucionar a mineração de blockchain

A Microsoft e a Atom Computing, empresa de tecnologia da Califórnia, anunciaram um marco importante na computação quântica. O feito pode transformar a mineração blockchain, especialmente o modelo de Prova de Trabalho (Proof of Work – PoW).  

O avanço consiste em um sistema de computação quântica que utiliza 80 qubits físicos para criar 24 qubits lógicos emaranhados. Esse resultado estabelece um novo recorde e supera previsões que estimavam a necessidade de milhares de qubits físicos para alcançar um único qubit lógico.  

Microsoft reduz limitações com eficiência quântica  

Esse progresso é significativo para a escalabilidade da tecnologia. Segundo especialistas, o novo sistema demonstra que a computação quântica pode avançar mais rápido do que o esperado. Isso pode antecipar a implementação prática de sistemas quânticos por empresas como a Microsoft e a Atom Computing.  

Até agora, a mineração blockchain depende de métodos computacionais clássicos para resolver desafios matemáticos complexos, como o algoritmo SHA-256. Mas o cenário pode mudar.  

O SHA-256 é essencial na mineração de Bitcoin. Mineradores resolvem desafios computacionais ajustados periodicamente para garantir intervalos consistentes na adição de novos blocos ao blockchain.

Essa complexidade crescente dificulta a tarefa de mineradores convencionais. Computadores quânticos, porém, podem oferecer uma vantagem inédita. Analistas alertam que, no futuro, essas máquinas podem quebrar sistemas criptográficos que hoje são considerados invioláveis.  

O papel do Algoritmo de Grover  

Uma técnica teórica conhecida como “Algoritmo de Grover” é frequentemente mencionada nesse contexto. Esse método pode acelerar a solução de problemas computacionais, incluindo a mineração blockchain, em uma taxa quadrática.  

Embora o algoritmo já tenha sido validado em experimentos menores, ainda falta o hardware necessário para aplicá-lo em larga escala. Para quebrar o SHA-256, seriam necessários milhares de qubits lógicos corrigidos, algo que ainda está distante.  

Mas, apesar das limitações, o Algoritmo de Grover destaca o poder da mecânica quântica. Ou seja, estudos indicam que 3.000 qubits lógicos podem superar plataformas clássicas de mineração.

A recente colaboração entre Microsoft e Atom Computing aponta para essa direção. As empresas planejam lançar um computador quântico com 1.000 qubits até 2025. Esse sistema, baseado em avanços de correção de erros, pode acelerar a adoção da tecnologia.  

Apesar do otimismo, a viabilidade de sistemas quânticos ainda enfrenta incertezas. Projeções indicam que podem ser necessários de 10 a 50 anos para que a computação quântica atinja seu pleno potencial.  

No entanto, os avanços recentes indicam que o progresso pode superar expectativas. Então, se confirmados, prometem transformar profundamente o mercado de blockchain nos próximos anos. Portanto, o lançamento do computador quântico de 1.000 qubits pode marcar uma nova era para a mineração. Mas, o mais importante, é entender qual será seu impacto no mercado de criptomoedas.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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