quinta-feira, dezembro 26, 2024
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Moedas digitais estatais, as CBDCs, podem dobrar até 2031, afirma pesquisa

Um relatório do Juniper Research aponta para uma explosão nas moedas digitais emitidas por bancos centrais, conhecidas como CBDCs, até 2031. Com um crescimento estimado de 2.430% nas transações, as previsões são empolgantes. Os números saltam dos 307,1 milhões esperados em 2024 para impressionantes 7,8 bilhões até o final da década.

Crescimento acelerado das CBDCs

Essa ascensão das CBDCs demonstra o crescente interesse dos bancos centrais em manter um controle mais direto do sistema monetário. Isso acontece em um contexto de competição com stablecoins e as tradicionais redes de cartão de crédito. O avanço das moedas digitais reflete uma realidade em mudança no cenário financeiro global.

Atualmente, 134 países, correspondendo a 98% da economia mundial, estão desenvolvendo programas de pesquisa e testes de CBDCs. Esse número é uma impressionante evolução em relação aos 35 países que estavam envolvidos em maio de 2020. Essa rápida adoção sugere um movimento unificado em direção à modernização dos sistemas financeiros.

Os benefícios das CBDCs são promissores. Assim, a Juniper Research estima que a economia global pode faturar até US$ 45 bilhões em transações internacionais até 2031. Isso será possível, em parte, pela redução da necessidade de intermediários e pela otimização dos processos de pagamento. Com isso, tanto os pagamentos domésticos quanto o comércio internacional se beneficiarão significativamente.

Desafios na adoção das moedas digitais

O relatório também apresenta um índice de prontidão que avalia a disposição de diferentes países para adotar CBDCs e stablecoins. Esse índice abrange oito regiões-chave, oferecendo uma visão do progresso de cada uma. Mas é importante ressaltar que, sem a criação de padrões adequados, definida por organizações como o Banco de Compensações Internacionais (BIS), a adoção das CBDCs no comércio internacional pode ser limitada.

A fintech mundial ainda enfrenta desafios. O BIS desempenha um papel crucial na definição dos padrões que garantem a interoperabilidade entre as moedas digitais. Mas sem esses critérios, a eficácia das CBDCs nos mercados financeiros globais fica comprometida, dificultando sua implementação prática.

China e União Europeia lideram os testes de CBDCs com o yuan e o euro digitais, respectivamente. Além disso, o G20 apoia 44 projetos-piloto, destacando uma tendência crescente: moedas digitais podem integrar o comércio global e transformar os pagamentos.

Portanto, as CBDCs devem revolucionar o cenário econômico global e oferecer soluções para desafios atuais. Essas moedas digitais prometem se tornar essenciais para a economia até o final da década.

Paulo Cardoso
Paulo Cardoso
Formado pela PUC-RJ (2002) em Jornalismo, com Pós Graduação na ESPM-RJ (2006) em Comunicação com o Mercado. Trabalhou em rádio, jornal, editora de livros como revisor e agências de publicidade como redator, estratégia de negócio e social media. Editorias trabalhadas: entretenimento, futebol, política, economia, petróleo, marketing, negócios, iGaming e tecnologia.
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